31 maio, 2007

PRECONCEITO



Etnocentrismo é uma atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo sempre estaria sendo baseada nos valores adotados pelo seu grupo, como referência, como padrão de valor. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico sendo considerado como superior a outro.

Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico (como, por exemplo, os habitantes anteriores aos europeus que residiam nas Américas, na África e na Oceania) se comparado a outro mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.

A tendência do homem nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é estranho ou não está de acordo com suas tendências, costume e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época, é etimologicamente semelhante ao homem selvagem na sociedade ocidental.


retirado da: Wikipédia, a enciclopédia livre.

29 maio, 2007

video da multiplicaçao divina

alguem se atreve a explicar ?

Fanatismo




Em si mesma toda idéia é neutra ou deveria sê-lo, mas o homem a anima, projeta nela suas paixões e suas demências; impura, transformada em crença, se insere no tempo, adota a forma de acontecimento: o passo da lógica para a epilepsia está consumado... Assim nascem as ideologias, as doutrinas e as farsas sangrentas.

Idólatras por instinto, tornamos incondicionados os objetos de nossos sonhos e de nossos interesses. A história não é mais do que um desfile de falsos Absolutos, uma sucessão de templos em honra de pretextos, um aviltamento do espírito ante o Improvável. Mesmo quando se afasta da religião, o homem permanece sujeito a ela; consumindo-se em forjar simulacros de deuses, os adota depois febrilmente: sua necessidade de ficção, de mitologia, triunfa sobre a evidência e o ridículo. Sua capacidade de adorar é responsável por todos os seus crimes: ele que ama indevidamente a um deus obriga os outros a amá-lo, planejando exterminá-los se recusam. Não há intolerância, intransigência ideológica ou proselitismo que não revelem o fundo bestial do entusiasmo. Que perca o homem sua faculdade de indiferença: converte-se num potencial assassino; que transforme sua idéia em deus: as conseqüências são incalculáveis. Nunca se mata tanto quanto se mata em nome de um deus ou de seus sucedâneos: os excessos suscitados pela deusa Razão, pela idéia de nação, de classe ou de raça são semelhantes aos da Inquisição ou da Reforma. As épocas de fervor se sobressaem nas façanhas sanguinárias: Santa Tereza não podia deixar de ser contemporânea dos autos de fé e Lutero da matança dos camponeses. Nas crises místicas, os gemidos das vítimas são paralelos dos gemidos de êxtase... Patíbulos, calabouços e masmorras nunca prosperam tanto quanto à sombra de uma fé, dessa necessidade de crer que tem infestado os espíritos para sempre. O diabo empalidece junto a quem dispõe de uma verdade, de sua verdade. Somos injustos com os Neros ou os Tibérios: eles não inventaram o conceito de herético: não foram senão sonhadores degenerados que se divertiam com as matanças. Os verdadeiros criminosos são os que estabelecem uma ortodoxia sobre o plano religioso ou político, os que distinguem entre o fiel e o cismático.

Enquanto nos recusarmos a admitir o caráter intercambiável das idéias, o sangue corre... Debaixo das resoluções firmes se ergue um punhal; os olhos inflamados pressagiam o crime. Jamais o espírito da dúvida, afligido pelo hamletismo, foi pernicioso: o princípio do mal reside na tensão da vontade, na inépcia para o sossego, na megalomania prometeica de uma espécie que reinventa o ideal, que arrebenta debaixo de suas convicções e a qual, por haver-se comprazido em depreciar a dúvida e a preguiça – vícios mais nobres do que todas as virtudes –, se embrenhou num caminho de perdição, na História, nessa mescla indecente de banalidade e apocalipse... Ela está plena de certezas: suprime-as e suprimireis sobretudo as suas conseqüências: reconstituireis o paraíso. O que é a Queda senão a busca de uma verdade e a certeza de havê-la encontrado, a paixão por um dogma, o estabelecimento de um dogma? Disso resulta o fanatismo – tara capital que dá ao homem o gosto pela eficácia, pela profecia e pelo terror –, lepra lírica que contamina as almas, às submete, as tritura e as exalta... Só escapam os céticos (ou os preguiçosos e os estetas), porque não propõem nada, porque – verdadeiros benfeitores da humanidade – destroem os preconceitos e analisam o delírio. Sinto-me mais seguro junto a um Pirro do que junto a um São Paulo, porque um saber de anedotas é mais doce do que uma santidade desenfreada. Em um espírito ardente encontramos a ave de rapina disfarçada; não poderíamos nos defender com êxito das garras de um profeta... Quando eleva a voz, seja em nome do céu, da cidade ou de outros pretextos, afastai-vos dele: sátiro de vossa solidão, não os perdoa o viver sem as suas verdades e seus arrebatamentos; quer fazê-los compartilhar de sua histeria, do seu bem, impô-lo a nós e desfigurar-nos. Um ser possuído por uma crença e que não buscasse comunicá-la a outros é um fenômeno estranho ao mundo, donde a obsessão pela salvação torna a vida irrespirável. Olhem em torno de vós: Por toda parte vermes que predicam; cada instituição traz uma missão; os povoamentos têm seu absoluto como templos; a administração com os seus regulamentos: metafísica para uso de macacos... Todos se esforçam por remediar a vida de todos: aspiram a isto até os mendigos, inclusive os incuráveis; as calçadas do mundo e os hospitais estão cheios de reformadores. A ânsia de chegar a ser fonte de acontecimentos atua sobre cada um como uma desordem mental ou uma maldição livremente escolhida. A sociedade é um inferno de salvadores. O que buscava Diógenes com sua lanterna era um indiferente...

Basta que eu escute alguém falar sinceramente de ideal, futuro, de filosofia, escutá-lo dizer “nós” com uma inflexão de segurança, convocar os “outros” e sentir-se seu intérprete, para que o considere meu inimigo. Vejo nele um tirano falido, quase um verdugo, tão odioso como os tiranos e verdugos de grande classe. É que toda fé exerce uma forma de terror, tanto mais temível quando os “puros” são os seus agentes. Suspeita-se dos ladinos, dos velhacos, dos trapaceiros, entretanto, não saberíamos imputar-lhes nenhuma das grandes convulsões da história; não acreditando em nada, não espionam vossos corações, nem vossos pensamentos mais íntimos; os abandonam a vossa acomodação, a vosso desespero ou a vossa inutilidade; a humanidade lhes deve os poucos momentos de prosperidade que tem conhecido; são eles os que salvam os povos que os fanáticos torturam e os “idealistas” arruínam. Sem doutrinas, não têm mais do que caprichos e interesses, vícios acomodatícios, mil vezes mais suportáveis do que o despotismo dos princípios; porque todos os males da vida vêm de uma “concepção de vida”. Um homem político educado deveria aprofundar-se nos sofistas antigos e tomar lições de canto; e de corrupção...

O fanático é incorruptível: assim como mata por uma idéia, pode igualmente morrer por ela; nos dois casos, tirano ou mártir, é um monstro. Não há seres mais perigosos que os que sofreram por uma crença: os grandes perseguidores se recrutam entre os mártires aos quais não se cortou a cabeça. Longe de diminuir o apetite pelo poder, o sofrimento o exaspera: por isso o espírito se sente mais a gosto na companhia de um fanfarrão do que de um mártir; e nada lhe repugna tanto como esse espetáculo no qual se morre por uma idéia... Farto do sublime e de carnificinas sonha com um tédio provinciano a escala universal, com uma História cujo estancamento seria tal que a dúvida se apresentaria como um acontecimento e a esperança como uma calamidade...


texto retirado do livro 'Breviario de Decomposicao' paginas 13-17

A evolução do antigo sistema feudal para as monarquias nacionais e a oposição da igreja.




O renascimento foi essencialmente um movimento humanista, isto é, o homem como centro e medida das coisas, daí, as criticas renascentistas a igreja.

Erasmo de Roterdam, por exemplo, criticava a igreja no sentido do desvio do caminho, ela havia se distanciado das idéias de humildade e pobreza inicialmente pregadas, nessa mesma época, a santa igreja católica vendia relíquias e perdoes aos pecados, para que? Apenas para aumentar suas riquezas e poder, que tanto criticava dos comuns.

A nova burguesia não queria ir contra as leis divinas, tão pouco parar com suas ações comerciais, neste cenário, aparecem os protestantes.
Primeiro, Lutero e suas 95 teses contra o papado, ele dizia que apenas a fé conseguiria salvar o homem, e que não precisava de nenhum representante do clero para servir como meio termo Homem X Deus.
Segundo Calvino e suas idéias opostas com a do clero, os seguidores do calvinismo deveriam somente preocupar-se em acumular riqueza, daí a base do capitalismo (grande parte dos burgueses aderiu esta religião, pois não entrava em conflito com seus objetivos diferente da católica)
E por ultimo, o Anglicanismo. O Anglicanismo foi a religião menos religião, pois não tinha o mesmo objetivo das outras reformas, mas sim o apoderamento das terras católicas na Inglaterra (que somavam grande parte do território inglês) e claro, o motivo inicial da revolta, a separação do Rei com sua antiga esposa.

Como vimos o cenário estava pronto para o capitalismo. As acumulações de riquezas não mais eram pecaminosas, e sim uma virtude. A Inglaterra pode aumentar as terras dos nobres que com o cercamento das mesmas para a criação de ovelhas e a conseqüente venda de lã para a região de flandres na França, enriquecendo-os. O claro êxodo que os antigos agricultores tiverem que fazer rumo aos burgos aumentando a oferta de mão de obra o que deixou o preço/hora bem reduzido, tudo isso somado com o recente absolutismo enfraqueceram a igreja de todos os lados, na França com Luis XIV a igreja teve que pagar impostos, coisa que não passaria na cabeça nem do mais radical.

Mas claro que a igreja não ficou parada, ela não poderia entregar a Europa de mão beijada, a Europa era o ganha pão da igreja e depois de se ferrar na França, na Alemanha, na Inglaterra e nos paises baixos, ela reuni o Concilio de Terento (1545) e começa literalmente caçar todos que se opõe aos seus ideais, Portugal e Espanha que eram paises extremamente católicos aderiram a causa e lutaram ao lado da igreja, Inglaterra foi pro lado católico para o rei ser considerado rei de vez, a Alemanha (santo império romano germânico) conseguiu depois de muitas lutas fazer o imperador assinar a ‘Paz de Augburgo’ que dava o direito de cada príncipe impor qualquer religião em seus territórios.

Embora milhões de pessoas tenham morrido nessa era de revoltadas, a semente já estava plantada, e o mundo jamais seria o mesmo!


Continua outro dia, depois que Deus perdoar todas as minhas heresias.

28 maio, 2007

Futebol Filosofico




Um Pouco de filosofia agora

ALEMANHA
1- Leibniz
2- I. Kant
3- hegel
4- Schopenhaeur
5- Schelling
6- Beckenbaur
7- Jaspers
8- Schlegel
9– Wittgenstein
10– Nietszche
11- Heidegger

VS

GRECIA
1- Platão
2- Epiktet
3- Aristóteles
4- Sophocles
5- Empédocles
6- Plotino
7- Epikuro
8- Heráclito
9- Demócrito
10- Sócrates
11- Arquimedes

As Verdades




A imagem ilustra bem o tema.

Como todos sabem não é fácil discutir com crentes. A ‘verdade’ do crente é protegida pela habilidade sobrenatural de se esquivar dos argumentos racionais, contra-atacando com argumentos bíblicos infundados. Para o crente, chegar em uma verdade é pegar o caminho mais simples, o de acreditar no clero e se fechar para o mundo da razão. O que não percebem é que crer em um ser onipotente, onisciente, onipresente, e outros onis que tem por ai, é bem mais complexo do que as teorias científicas que embora sejam as vezes um tanto quanto, estranhas, passaram pelo rigor do método antes de ser publicada.

DEBUNKER



Primeiramente, olá a todos.

Este é o primeiro post do blog, sobre ciência, e gostaria de começar com a definição de debunker. Bom, a tradução literal é desenganador, ou seja, é aquele que combate os ‘charlatões’, idéias falsas, pseudociências, falácias e coisas do gênero.

Mas claro, nunca se esquecendo que "A ausência de evidências não é evidência de ausência". Uma idéia não é falsa até que se prove o contrario, o fato da evidencia não estar corrente hoje, não significa que ela nunca será corrente.

Está ai, agora unirmos forças para despoluirmos o mundo!