22 agosto, 2011

16 dezembro, 2007

60 perguntas para se tornar ateu

1 - Se Deus nos ama tanto e quer que estejamos com ele, por que ele poria nossas almas em risco ao deixar a difusão de sua palavra a cargo de seres humanos falíveis, mentirosos e pecadores? Será que um professor deixaria um dos alunos assumir seu lugar se isto pusesse em risco o futuro da classe?

2 - Se Satanás é o Pai da Mentira, como podemos ter certeza de que ele não enganou os cristãos e fez com que eles o adorassem como deus e rejeitassem o verdadeiro deus?

3 - Se Deus lançou o Diabo no inferno e o inferno é um lugar de castigo eterno, sem perdão, por que nos ensinam que o Diabo anda por aí nos tentando e nos possuindo? Um carcereiro que deixa seus prisioneiros saírem para matar e roubar seria demitido por incompetência.

4 - Se Satanás consegue entrar até nas igrejas e fazer com que as pessoas tenham pensamentos impuros durante os cultos, como os cristãos podem ter tanta certeza de que ele não influenciou a redação e a composição da Bíblia segundo seus interesses?

5 - Deus pensa? Por que um ser que já sabe de tudo precisaria pensar?

6 - Se o Universo está em todo lugar por definição, por que é que tem gente que vive pergintando “daonde veio o Universo”? Ele não pode vir dele mesmo… ou pode?

7 - Se Deus é ominisciente, como ele poderia ter se arrependido de sua criação?

8 - Se a alma é imaterial e o corpo é material, como é que a alma fica ligada ao nosso corpo?

9 - Por que Deus mandou o dilúvio para eliminar o mal da Terra? Não funcionou! O mal voltou logo em seguida. Deus já deveria saber que isto iria acontecer, então por que ele se deu ao trabalho?

10 - Se Deus é imutável, porque ele precisou “mudar as regras” enviando-se Jesus na Terra?

11 - Por que um deus todo-poderoso teve que se tornar carne para poder se sacrificar em seu próprio nome, de modo a livrar sua criação de sua própria ira? Será que Deus, em sua sabedoria infinita, não teria uma solução menos primitiva?

12 - Se tudo é “parte do plano de Deus”, como dizem os crentes, então Deus planejou todas as desgraças, todas as catástrofes e todos os nossos pecados e não precisamos sentir culpa por nada nem fazer nada para corrigir as coisas.

13 - Porque os teístas dizem que eu preciso vasculhar todos os lugares do universo e não achá-lo para dizer que Deus não existe, se eu só precisaria não encontrá-lo em apenas um lugar, visto que é onisciente?

14 - Se Deus não é a causa da confusão, o que dizer da Torre de Babel?

15 - Cristãos dizem que se um bebê morrer, ele vai para o céu. Porquê então são tão contrários ao aborto, se isso privaria todas as crianças de irem para o Inferno?

16 - Como Deus pode ter emoções (ciúme, raiva, tristeza, amor…) se ele é omnipotente, omnisciente e omnipresente? Emoções são uma reação, mas como Deus pode reagir a algo que ele já sabia que iria acontecer e até planejou?

17 - Deus nunca me deu os brinquedos que pedi quando criança, mas, se eu pedir para ir para o inferno, será que ele vai me atender?

18 - O verdadeiro islamita não deve fazer nada que Maomé não tenha feito. Houve até uma discussão sobre se islamitas poderiam comer mangas. O que, então, estavam aqueles fundamentalistas fazendo naqueles aviões?

19 - Por que Deus permite que uma criança nasça se ele já sabe que ela vai para o inferno? Onde está seu amor infinito?

20 - Como podemos ser felizes no céu sabendo que pessoas que amamos estão sofrendo no inferno? Um crente me disse que as memórias que temos dos entes queridos são apagadas para não sofrermos no céu. Mas se perdemos nossa memória, não deixamos de ser nós mesmo?


21 - Muitas pessoas acreditam em fantasmas. Então porque as pessoas só vêem fantasmas de pessoas ou bichos de estimação mortos? Porque não Neanderthais ou dinossauros? Não haveria um baita fantasma de um brontossauro para quem pudesse ver?

22 - Por que Deus abriu o Mar Vermelho para que Moisés tirasse os judeus do Egito mas não abriu os portões dos campos de concentração?

23 - Por que dizem que temos livre arbítrio se só há duas opções: seguir a Deus e ir para o céu ou desobedecer e ir para o inferno?

24 - Em Isaías 40:28 diz “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?”. Então como é que os católicos dizem que Deus descansou no sétimo dia no Gênesis?

25 - Adão e Eva tinham umbigos?

26 - Judeus tradicionais dizem que o nome de Deus é impronunciável e por isso o chamam de Javé ou JHVH. Como é que então alguém pode ser acusado de falar seu nome em vão se ninguém sabe qual é?

27 - Por que Deus é do sexo masculino?

28 - Se você nasce retardado, sua alma também é retardada? E se você fica retardado depois de velho?

29 - Se o homem é feito à imagem de Deus, então Deus tem pênis?

30 - Por que precisamos rezar se Deus já sabe de tudo o que vamos dizer e do que precisamos? Será que ele gosta que nos humilhemos diante dele?

31 - Por que danos ao cérebro podem mudar nossa personalidade se nossa essência está na alma?

32 - Cristãos adora dizer o quanto Jesus se sacrificou por nós. Mas se ele era Deus, então como ele não sabia que em 3 dias estaria no céu para nos governar? Se ele está lá e vivo, o que exatamente ele sacrificou?

33 - Se o design de Deus é tão inteligente, porque os homens possuem mamilos?

34 - Como Adão e Eva podiam saber que era errado comer da Fruta do Conhecimento se só ao comê-la saberiam o que era bom e mal, certo e errado?

35 - Se Deus detesta tanto o prepúcio que manda que os homens sejam circuncidados, por que ele os criou assim? 8 dez 大卫
36 - Como podemos ofender a Deus se não é possível surpreendê-lo?

37 - Se a reencarnação é real, porque é que a população mundial continua crescendo? Daonde vem todas essas almas novas?

38 - Em 1 Coríntos 15:50 diz “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção”. Como Jesus pôde então ascender ao reino de Deus se ele mesmo é carne e sangue?

39 - Por que Deus criou o Mal (Isaías 45:6-7) se ele não quer que o pratiquemos? Por ele cria as pessoas que já sabem vão para o inferno?

40 - Se algum dia houver transplantes de cérebro, a alma irá junto com ele?

41 - Por nós já não nascemos sabendo tudo sobre Deus, por que temos que descobrir qual é a religião certa e ainda decifrar seus enigmas?

42 - Por que a genealogia de Jesus passa por José se ele não era seu pai? E por que há duas genealogias diferentes, já a partir do pai de José?

43 - Por que quase todas as descrições de Deus equivalem à não-existência (incorpóreo, imaterial, incompreensível, invisível, imperceptível etc.) ?

44 - Por que Deus não aparece a todo mundo e nos convence de sua existência? Por que ele só se revela de maneira tão duvidosa e tão obscura?

45 - De acordo com Mateus 5:17, Jesus não veio abolir a Lei e os profetas, apenas completá-los, e que nem uma vírgula deverá ser alterada enquanto existirem céu e terra. Como Jesus ainda não voltou, a Lei ainda está valendo, portanto, por que não saímos por aí queimando bruxas, apedrejando adúlteras e crianças desobedientes, matando homossexuais, excluindo gente que trabalha aos sábados (enfermeiras, médicos etc.), aspergindo sangue nos altares, arrando a cabeça de passarinhos e sacrificando pessoas a Deus (Levítico 27:28) ?

46 - Se os crentes aceitam que Deus sempre existiu, por que eles não aceitam que o universo sempre existiu?

47 - Que deus de infinito amor aceitaria sacrifícios humanos, inclusive de seu próprio filho e dos filhos de suas criaturas?


48 - Se Jesus era Deus em forma humana, ele morreu para nos salvar dele mesmo?

49 - Se os cristãos dizem que não podemos afirmar que as ações de Deus são más porque ele tem um plano divino e, sendo Deus, está fora de nossa compreensão, então também não podemos afirmar que Deus é bom. Deus seria amoral? Se a moral é algo subjetivo, que varia conforme a época e a cultura, como podemos definir se Deus é bom ou mau?

50 - Por que Deus criaria gente que não acredita nele e depois os puniria por ser aquilo que ele os fez?

51 - O que é o “plano de Deus”? Um deus omnipotente e omnisciente não precisa planejar nada. Isto é coisa de criaturas limitadas, que não conhecem o futuro. Se Deus tem um plano, então ele é limitado como nós.

52 - Por que precisamos de um corpo se nossas almas podem fazer tudo o que fazemos e até melhor?

53 - Se Jesus não era filho de José, porque sua árvore genealógica nos evangelhos é traçada até ele?

54 - Como pode um deus de infinito amor e misericórdia assistir a bilhões de seus filhos queimar por toda a eternidade?

55 - Como Deus julga os que viveram antes de a Bíblia ser escrita?

56 - Como é possível que uma alma queime? Elas não são entidades espirituais? Seria um “fogo espiritual”? Para que Deus se daria todo este trabalho para torturar seus filhos queridos? Como é possível acreditar em que Deus seja tão bárbaro que só se acalma com a morte e a tortura dos que o contrariaram?

57 - Se tudo faz parte do plano de Deus, que diferença faz rezar ou não?

58 - Por que Deus permite que crianças nasçam só para morrer logo em seguida?

59 - Por que Deus não proibiu Adão e Eva de comer da outra árvore mágica?

60 - Porque Deus possui quase todas as características de algo que não existe? Por exemplo: imaterial, incorpóreo, incompreensível, invisível, inexplendorável, etc…

14 dezembro, 2007

09 junho, 2007

Criacionismo X Evolucionismo


Apesar da predominância de correntes evolucionistas nos meios acadêmicos, alguns cientistas tornaram-se notados por defenderem o criacionismo clássico, que envolve a crença num criador. Note-se, contudo, que a Ciência não pode tratar de assuntos de fé, mas apenas daquilo que é observável e passível de experimentação. Um cientista pode defender princípios religiosos ou ideológicos, mas esses princípios religiosos ou ideológicos não passam a ser científicos por serem defendidos por um cientista. Os argumentos de pessoas pertencentes a comunidade científica em favor do criacionismo apontam para a organização e exactidão das leis naturais. Esta visão dá uma imagem que se parece com aquela proposta por Isaac Newton, ao comparar o mundo a um mecanismo que evidencia um projecto inteligente e sobrenatural. As novas tendências científicas têm, contudo, levado a uma diferente visão do universo, menos determinista e mecanicista. É comum dar como exemplo a distância propícia entre o Sol e a Terra, que permite temperaturas amenas que possibilitam a continuidade da vida - é interessante verificar que este mesmo argumento é utilizado pelos evolucionistas para referir o carácter excepcional da posição da Terra, não para uma suposta "continuidade" (palavra que implica a ideia de um projecto ou um plano para a Criação), mas para a sua emergência e evolução.
Indivíduos teístas, que aceitam as hipóteses científicas podem ver nas características e regularidades da natureza (como a regularidade verificada nos elementos químicos na tabela periódica ou o facto de os acontecimentos físicos obedecerem a leis que podem ser expressas em equações matemáticas "exactas"), base para se pressupor uma ordem, são citados e interpretados como prova da existência de um legislador que legisla e faz cumprir essas leis. Por essas mesmas leis, o universo teria vindo a existir, e teria se desenrolado sua história, sendo parte dela a origem e a evolução da vida na Terra. Criacionistas, no entanto, não acreditam que o universo e suas partes tenham sido criados segundo essas leis, mas que tudo foi criado do nada (ou "ex nihilo", termo em latim mais sofisticado) e só então essas leis passaram a vigorar.
A complexidade e organização estrutural das formas mais simples de matéria viva são apontadas pelos criacionistas como prova de uma criação determinada e não a consequência evolutiva de um caldo orgânico primordial desorganizado. De facto, a probabilidade matemática de que a vida tenha surgido espontaneamente de uma sucessão de eventos casuais numa ordem específica é considerada por alguns matemáticos pequena demais. No entanto, é precipitado e inválido falar-se em probabilidades sem estar se referindo a processos e mecanismos específicos de cada etapa até a origem da vida.
O método que permite recriar um organismo a partir de fragmentos do seu corpo (um dente fossilizado, por exemplo) é duramente criticado pelos criacionistas que consideram abusivas as conclusões como a apresentação de antepassados do Homo sapiens com traços simiescos. No entanto o mais célebre alardeador dessa possibilidade foi o criacionista Richard Owen, que embasava essas deduções no conceito de homologia por ele proposto, mas que via não como indício de ancestralidade comum, mas de projeto para mesma função.
Fraudes nos trabalhos e pesquisas envolvendo fósseis (como o 'Homem de Orce', ou o 'Homem de Piltdown') têm sido também usadas para desacreditar a teoria da evolução. É importante lembrar, no entanto, que essas fraudes não foram feitas com o intuito de tentar sustentar "o evolucionismo", mas por motivos de ascensão pessoal, seja profissional ou financeira, e são sempre desmascaradas pelos próprios evolucionistas.
Alguns criacionistas questionam também experiências, relacionadas à demonstração da seleção natural, como aquela relativa às mariposas cujas cores foram influenciadas pelas mudanças advindas da Revolução Industrial. Nesse caso especificamente, apontam falhas irrisórias na metodologia como confirmação de que não existiria seleção natural (apesar desse não ser o único exemplo bem relatado de seleção natural). Isso implica na defesa de espécies absolutamente fixas, como um ideal platônico, o que não é aceito até mesmo pela maioria dos criacionistas hoje em dia, que abandonaram o fixismo clássico, aceitando seleção natural e até mesmo um grande número de especiações, apesar de manterem a crença nas criações especiais.
Um dos principais argumentos dos criacionistas baseia-se na refutação da geração espontânea. Louis Pasteur e John Tyndall demonstraram experimentalmente que micróbios não se originam espontaneamente, conforme alguns supunham ser possível, ao final do século XIX. Estendendo os resultados destes experimentos, argumenta-se que foi provado que nenhum mecanismo pode gerar vida de qualquer matéria sem vida. Como evidência, aponta-se que nenhum experimento foi capaz de demonstrar o contrário, a despeito de várias décadas de tentativas. Ironicamente, a vida surgindo da não vida é justamente o que os criacionistas defendem como tendo ocorrido em muitos casos, mas em um salto abrupto de complexidade, em um hipotético período em que ainda não existiriam as leis naturais hoje conhecidas.
A afirmação de que nenhuma vida pode surgir de não-vida foi recentemente desafiada a partir de experimentos onde um vírus é sintetizado em laboratório, mas a questão de se um vírus pode ou não ser considerado um ser vivo nunca foi um consenso entre cientistas. Outra questão levantada pelos criacionistas é que esse tipo de experimento na verdade comprovaria a necessidade de uma inteligência e intencionalidade por trás do processo. No entanto, é imprescindível lembrar-se que experimentos laboratoriais são fundamentalmente diferentes de processos de simples montagem intencional, pois na realidade visam reproduzir as situações em que um fenômeno ocorreria naturalmente, espontaneamente.
Toda a argumentação criacionista quanto ao desconhecimento sobre como a vida teria se originado naturalmente, não raramente tenta levar a crer que, sem essa resposta, todas as demais áreas da ciência às quais se opõem, em especial a evolução biológica, desmoronam como conseqüência. Essa é uma falácia non sequitur - a conclusão não decorre das premissas - pois as evidências das diversas áreas que compõem o evolucionismo, não são totalmente dependentes umas das outras, e dessa forma, é possível ainda se estabelecer os laços de parentesco entre todos os organismos, mesmo sem saber de onde teria vindo o ancestral comum de todos eles.

Evolucionismo X Criacionismo



Durante mais de trinta séculos, a crença criacionista perdurou como uma verdade absoluta em diversas partes do mundo, interpretada literalmente da forma como está escrita nos textos sagrados das diversas literaturas religiosas, não dando chance a qualquer opinião discordante, menor por imposição das autoridades da época e mais por uma ausência de necessidade prática de um maior questionamento.
Somente nos últimos dois séculos, com a valorização do direito do homem à liberdade de pensamento, uma série de argumentos foram levantados contra esse predomínio eminentemente religioso. A interpretação criacionista literal perdeu sua unidade, sendo questionada com maior profundidade.
De acordo com a maioria dos cientistas, todas as ramificações do criacionismo ferem importantes princípios filosóficos da ciência. Para os que pensam dessa forma, os principais argumentos comparativos propostos são:O Criacionismo não pode ser considerado como uma ciência, nem sequer uma teoria. Uma teoria requer análises, estudos, testes, experiências, modificações e, finalmente, adequações. Uma teoria evolui com o decorrer do tempo, à medida que o ser humano amplia seus conhecimentos e suas descobertas. Naturalmente, a Ciência, no sentido usado nesse contexto, não pode nem afirmar nem negar que o Criacionismo seja verdadeiro - é não-falseável e portanto não científico;A Evolução é uma estrutura teórica, ainda que incompleta, mas bem definida, colocada pela ciência para ser discutida, preenchida e alterada; ao passo que, o Criacionismo é constituído de uma multiplicidade de idéias, sem uma unidade estabelecida, criadas pelas centenas de religiões e mitos hoje existentes ou que já existiram outrora, o que, a bem da verdade, pode ou não caracterizar uma essência e uma origem comum para tais idéias;A Evolução é uma teoria fundamentada em achados fósseis concretos ou em experiências bio-genéticas realizadas, enquanto que o Criacionismo é abstrato, indemonstrável e desprovido de bases científicas;Os argumentos neocriacionistas, que utilizam recentes descobertas da ciência, de uma forma geral, seriam falácias que poderiam provar a veracidade de qualquer crença, seja ela judaico-cristã, muçulmana, hinduísta, umbandista, pagã, animista ou de qualquer outra mitologia;O Evolucionismo esforça-se em buscar explicações para os eventos da natureza; enquanto que o Criacionismo esforça-se em adaptar os eventos da natureza à sua visão de mundo.
Não sendo o "Design Inteligente"(ou qualquer outra forma de criacionismo) científico, não existem debates científicos entre ele e a Evolução. A Teoria da Evolução é suportada por muitas evidências e é aceita por virtualmente todos os cientistas do mundo, enquanto o criacionismo não possuí evidências, contraria-as, e é somente um punhado de escrituras antigas. Trata-se de uma discussão entre conhecimento científico e crenças religiosas, portanto.
Quanto aos poucos cientistas que acreditam no criacionismo, eles representam, segundo a revista Newsweek, apenas 0,15% de todos os cientistas da vida (biólogos) e da Terra (Geólogos) com alguma crendencial acadêmica respeitável nos EUA (Newsweek magazine, 1987-JUN-29, Page 23). São 700 entre os 480.000.




fonte: wikipedia

31 maio, 2007

PRECONCEITO



Etnocentrismo é uma atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo sempre estaria sendo baseada nos valores adotados pelo seu grupo, como referência, como padrão de valor. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico sendo considerado como superior a outro.

Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico (como, por exemplo, os habitantes anteriores aos europeus que residiam nas Américas, na África e na Oceania) se comparado a outro mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.

A tendência do homem nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é estranho ou não está de acordo com suas tendências, costume e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época, é etimologicamente semelhante ao homem selvagem na sociedade ocidental.


retirado da: Wikipédia, a enciclopédia livre.

29 maio, 2007

video da multiplicaçao divina

alguem se atreve a explicar ?

Fanatismo




Em si mesma toda idéia é neutra ou deveria sê-lo, mas o homem a anima, projeta nela suas paixões e suas demências; impura, transformada em crença, se insere no tempo, adota a forma de acontecimento: o passo da lógica para a epilepsia está consumado... Assim nascem as ideologias, as doutrinas e as farsas sangrentas.

Idólatras por instinto, tornamos incondicionados os objetos de nossos sonhos e de nossos interesses. A história não é mais do que um desfile de falsos Absolutos, uma sucessão de templos em honra de pretextos, um aviltamento do espírito ante o Improvável. Mesmo quando se afasta da religião, o homem permanece sujeito a ela; consumindo-se em forjar simulacros de deuses, os adota depois febrilmente: sua necessidade de ficção, de mitologia, triunfa sobre a evidência e o ridículo. Sua capacidade de adorar é responsável por todos os seus crimes: ele que ama indevidamente a um deus obriga os outros a amá-lo, planejando exterminá-los se recusam. Não há intolerância, intransigência ideológica ou proselitismo que não revelem o fundo bestial do entusiasmo. Que perca o homem sua faculdade de indiferença: converte-se num potencial assassino; que transforme sua idéia em deus: as conseqüências são incalculáveis. Nunca se mata tanto quanto se mata em nome de um deus ou de seus sucedâneos: os excessos suscitados pela deusa Razão, pela idéia de nação, de classe ou de raça são semelhantes aos da Inquisição ou da Reforma. As épocas de fervor se sobressaem nas façanhas sanguinárias: Santa Tereza não podia deixar de ser contemporânea dos autos de fé e Lutero da matança dos camponeses. Nas crises místicas, os gemidos das vítimas são paralelos dos gemidos de êxtase... Patíbulos, calabouços e masmorras nunca prosperam tanto quanto à sombra de uma fé, dessa necessidade de crer que tem infestado os espíritos para sempre. O diabo empalidece junto a quem dispõe de uma verdade, de sua verdade. Somos injustos com os Neros ou os Tibérios: eles não inventaram o conceito de herético: não foram senão sonhadores degenerados que se divertiam com as matanças. Os verdadeiros criminosos são os que estabelecem uma ortodoxia sobre o plano religioso ou político, os que distinguem entre o fiel e o cismático.

Enquanto nos recusarmos a admitir o caráter intercambiável das idéias, o sangue corre... Debaixo das resoluções firmes se ergue um punhal; os olhos inflamados pressagiam o crime. Jamais o espírito da dúvida, afligido pelo hamletismo, foi pernicioso: o princípio do mal reside na tensão da vontade, na inépcia para o sossego, na megalomania prometeica de uma espécie que reinventa o ideal, que arrebenta debaixo de suas convicções e a qual, por haver-se comprazido em depreciar a dúvida e a preguiça – vícios mais nobres do que todas as virtudes –, se embrenhou num caminho de perdição, na História, nessa mescla indecente de banalidade e apocalipse... Ela está plena de certezas: suprime-as e suprimireis sobretudo as suas conseqüências: reconstituireis o paraíso. O que é a Queda senão a busca de uma verdade e a certeza de havê-la encontrado, a paixão por um dogma, o estabelecimento de um dogma? Disso resulta o fanatismo – tara capital que dá ao homem o gosto pela eficácia, pela profecia e pelo terror –, lepra lírica que contamina as almas, às submete, as tritura e as exalta... Só escapam os céticos (ou os preguiçosos e os estetas), porque não propõem nada, porque – verdadeiros benfeitores da humanidade – destroem os preconceitos e analisam o delírio. Sinto-me mais seguro junto a um Pirro do que junto a um São Paulo, porque um saber de anedotas é mais doce do que uma santidade desenfreada. Em um espírito ardente encontramos a ave de rapina disfarçada; não poderíamos nos defender com êxito das garras de um profeta... Quando eleva a voz, seja em nome do céu, da cidade ou de outros pretextos, afastai-vos dele: sátiro de vossa solidão, não os perdoa o viver sem as suas verdades e seus arrebatamentos; quer fazê-los compartilhar de sua histeria, do seu bem, impô-lo a nós e desfigurar-nos. Um ser possuído por uma crença e que não buscasse comunicá-la a outros é um fenômeno estranho ao mundo, donde a obsessão pela salvação torna a vida irrespirável. Olhem em torno de vós: Por toda parte vermes que predicam; cada instituição traz uma missão; os povoamentos têm seu absoluto como templos; a administração com os seus regulamentos: metafísica para uso de macacos... Todos se esforçam por remediar a vida de todos: aspiram a isto até os mendigos, inclusive os incuráveis; as calçadas do mundo e os hospitais estão cheios de reformadores. A ânsia de chegar a ser fonte de acontecimentos atua sobre cada um como uma desordem mental ou uma maldição livremente escolhida. A sociedade é um inferno de salvadores. O que buscava Diógenes com sua lanterna era um indiferente...

Basta que eu escute alguém falar sinceramente de ideal, futuro, de filosofia, escutá-lo dizer “nós” com uma inflexão de segurança, convocar os “outros” e sentir-se seu intérprete, para que o considere meu inimigo. Vejo nele um tirano falido, quase um verdugo, tão odioso como os tiranos e verdugos de grande classe. É que toda fé exerce uma forma de terror, tanto mais temível quando os “puros” são os seus agentes. Suspeita-se dos ladinos, dos velhacos, dos trapaceiros, entretanto, não saberíamos imputar-lhes nenhuma das grandes convulsões da história; não acreditando em nada, não espionam vossos corações, nem vossos pensamentos mais íntimos; os abandonam a vossa acomodação, a vosso desespero ou a vossa inutilidade; a humanidade lhes deve os poucos momentos de prosperidade que tem conhecido; são eles os que salvam os povos que os fanáticos torturam e os “idealistas” arruínam. Sem doutrinas, não têm mais do que caprichos e interesses, vícios acomodatícios, mil vezes mais suportáveis do que o despotismo dos princípios; porque todos os males da vida vêm de uma “concepção de vida”. Um homem político educado deveria aprofundar-se nos sofistas antigos e tomar lições de canto; e de corrupção...

O fanático é incorruptível: assim como mata por uma idéia, pode igualmente morrer por ela; nos dois casos, tirano ou mártir, é um monstro. Não há seres mais perigosos que os que sofreram por uma crença: os grandes perseguidores se recrutam entre os mártires aos quais não se cortou a cabeça. Longe de diminuir o apetite pelo poder, o sofrimento o exaspera: por isso o espírito se sente mais a gosto na companhia de um fanfarrão do que de um mártir; e nada lhe repugna tanto como esse espetáculo no qual se morre por uma idéia... Farto do sublime e de carnificinas sonha com um tédio provinciano a escala universal, com uma História cujo estancamento seria tal que a dúvida se apresentaria como um acontecimento e a esperança como uma calamidade...


texto retirado do livro 'Breviario de Decomposicao' paginas 13-17

A evolução do antigo sistema feudal para as monarquias nacionais e a oposição da igreja.




O renascimento foi essencialmente um movimento humanista, isto é, o homem como centro e medida das coisas, daí, as criticas renascentistas a igreja.

Erasmo de Roterdam, por exemplo, criticava a igreja no sentido do desvio do caminho, ela havia se distanciado das idéias de humildade e pobreza inicialmente pregadas, nessa mesma época, a santa igreja católica vendia relíquias e perdoes aos pecados, para que? Apenas para aumentar suas riquezas e poder, que tanto criticava dos comuns.

A nova burguesia não queria ir contra as leis divinas, tão pouco parar com suas ações comerciais, neste cenário, aparecem os protestantes.
Primeiro, Lutero e suas 95 teses contra o papado, ele dizia que apenas a fé conseguiria salvar o homem, e que não precisava de nenhum representante do clero para servir como meio termo Homem X Deus.
Segundo Calvino e suas idéias opostas com a do clero, os seguidores do calvinismo deveriam somente preocupar-se em acumular riqueza, daí a base do capitalismo (grande parte dos burgueses aderiu esta religião, pois não entrava em conflito com seus objetivos diferente da católica)
E por ultimo, o Anglicanismo. O Anglicanismo foi a religião menos religião, pois não tinha o mesmo objetivo das outras reformas, mas sim o apoderamento das terras católicas na Inglaterra (que somavam grande parte do território inglês) e claro, o motivo inicial da revolta, a separação do Rei com sua antiga esposa.

Como vimos o cenário estava pronto para o capitalismo. As acumulações de riquezas não mais eram pecaminosas, e sim uma virtude. A Inglaterra pode aumentar as terras dos nobres que com o cercamento das mesmas para a criação de ovelhas e a conseqüente venda de lã para a região de flandres na França, enriquecendo-os. O claro êxodo que os antigos agricultores tiverem que fazer rumo aos burgos aumentando a oferta de mão de obra o que deixou o preço/hora bem reduzido, tudo isso somado com o recente absolutismo enfraqueceram a igreja de todos os lados, na França com Luis XIV a igreja teve que pagar impostos, coisa que não passaria na cabeça nem do mais radical.

Mas claro que a igreja não ficou parada, ela não poderia entregar a Europa de mão beijada, a Europa era o ganha pão da igreja e depois de se ferrar na França, na Alemanha, na Inglaterra e nos paises baixos, ela reuni o Concilio de Terento (1545) e começa literalmente caçar todos que se opõe aos seus ideais, Portugal e Espanha que eram paises extremamente católicos aderiram a causa e lutaram ao lado da igreja, Inglaterra foi pro lado católico para o rei ser considerado rei de vez, a Alemanha (santo império romano germânico) conseguiu depois de muitas lutas fazer o imperador assinar a ‘Paz de Augburgo’ que dava o direito de cada príncipe impor qualquer religião em seus territórios.

Embora milhões de pessoas tenham morrido nessa era de revoltadas, a semente já estava plantada, e o mundo jamais seria o mesmo!


Continua outro dia, depois que Deus perdoar todas as minhas heresias.

28 maio, 2007

Futebol Filosofico




Um Pouco de filosofia agora

ALEMANHA
1- Leibniz
2- I. Kant
3- hegel
4- Schopenhaeur
5- Schelling
6- Beckenbaur
7- Jaspers
8- Schlegel
9– Wittgenstein
10– Nietszche
11- Heidegger

VS

GRECIA
1- Platão
2- Epiktet
3- Aristóteles
4- Sophocles
5- Empédocles
6- Plotino
7- Epikuro
8- Heráclito
9- Demócrito
10- Sócrates
11- Arquimedes

As Verdades




A imagem ilustra bem o tema.

Como todos sabem não é fácil discutir com crentes. A ‘verdade’ do crente é protegida pela habilidade sobrenatural de se esquivar dos argumentos racionais, contra-atacando com argumentos bíblicos infundados. Para o crente, chegar em uma verdade é pegar o caminho mais simples, o de acreditar no clero e se fechar para o mundo da razão. O que não percebem é que crer em um ser onipotente, onisciente, onipresente, e outros onis que tem por ai, é bem mais complexo do que as teorias científicas que embora sejam as vezes um tanto quanto, estranhas, passaram pelo rigor do método antes de ser publicada.

DEBUNKER



Primeiramente, olá a todos.

Este é o primeiro post do blog, sobre ciência, e gostaria de começar com a definição de debunker. Bom, a tradução literal é desenganador, ou seja, é aquele que combate os ‘charlatões’, idéias falsas, pseudociências, falácias e coisas do gênero.

Mas claro, nunca se esquecendo que "A ausência de evidências não é evidência de ausência". Uma idéia não é falsa até que se prove o contrario, o fato da evidencia não estar corrente hoje, não significa que ela nunca será corrente.

Está ai, agora unirmos forças para despoluirmos o mundo!